segunda-feira, 31 de março de 2008

Conferência - "O PENT e o turismo sustentável e competitivo"



Auditório do edifício novo da Assembleia da República, entre as 10h00 e as 16h15


Objectivo desta conferência é dar a conhecer, por um lado o enquadramento internacional, europeu e nacional sobre a estratégia futura para o Turismo, e por outro promover um debate com os agentes do sector, no intuito de definir estratégias de acção e dar eventuais recomendações aos responsáveis políticos.

Agenda:

Três painéis:
1º - Turismo sustentável e competitivo
2º - Os produtos, destinos e pólos, com as apresentações
3º - Empreendedorismo e qualificação

segunda-feira, 10 de março de 2008

Rota do Românico em Penafiel

A Rota do Românico no Vale do Sousa assenta num vasto património, sendo de realçar o seu estilo arquitectónico que remonta ao período medieval do século X ao século XIII.
Ancorada num património histórico e arquitectónico românico de grande valor e de excepcionais particularidades, a Rota do Românico do Vale do Sousa, pretende assumir um papel de excelência no âmbito das viagens de “touring cultural”.
Um dos grandes objectivos é informar a população sobre a importância deste projecto para o desenvolvimento local.

Através desta rota, será criado um produto turístico que indicará o Vale do Sousa como um destino de excelência do românico português.


Mosteiro de Paço de Sousa - Paço de Sousa - Penafiel

Segundo Rosário Machado, directora do projecto da Rota do Românico, “há um perfil de turistas que este produto consegue atrair. É o turista que quer ver cultura, património (Nacional e Internacional), mas há também instituições de ensino, escolas faculdades, que têm interesse neste tipo de património”.

Esta rota está estruturada em torno de 21 monumentos, resultando em dois percursos, sendo eles:
  1. Percurso Norte: de Santa Maria de Pombeiro a São Pedro de Ferreira;
  2. Percurso Sul: de São Pedro de Cête a São Pedro de Abragão.

Fonte: penafiel

Nova Lei dos empreendimentos já em Abril

O novo regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos foi na sexta-feira publicado em Diário da República (nº 39/2008, de 7 de Março), entrando em vigor a partir de 5 de Abril, 30 dias após a publicação, como prevê o documento.

A nova lei dos empreedimentos turísticos assenta em três objectivos, reduzir a burocracia, numa melhor fiscalização “para proteger o interesse público”, e em dar maior responsabilização à iniciativa privada, referiu o Secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade.

O diploma redefine as tipologias de empreendimentos turísticos, reduzindo-se o seu número de 21 para 12. As pensões, estalagens, albergarias e motéis foram eliminadas, podendo optar por uma reclassificação como estabelecimentos hoteleiros, se reunirem os requisitos, ou em estabelecimentos de alojamento local, podendo sempre manter a denominação pensão ou motel, bem como a sua designação comercial.
As novas classificações vão assentar na qualidade dos serviços e das instalações, com atribuição das categorias de:
  • 1 a 5 estrelas para estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos e apartamentos turísticos, “de acordo com características das instalações e equipamentos, serviços de recepção e portaria, limpeza e lavandaria, alimentação e bebidas e serviços complementares”.
A nova legislação prevê uma “revisão obrigatória da classificação de quatro em quatro anos mediante auditorias de classificação”, sendo as auditorias de classificação realizadas pelo “Turismo de Portugal (Hotéis, aldeamentos e apartamentos)/ Câmaras Municipais (TER, Turismo de Habitação e parques de campismo) ou entidades acreditadas”.

No âmbito do licenciamento, a nova legislação vai permitir a “coincidência do momento da autorização de utilização para fins turísticos com a emissão do alvará”, “possibilidade de abertura ao público findo o prazo de concessão de autorização de utilização para fins turísticos e sem o respectivo alvará” e a “redução de prazos na ordem dos 44% (485 para 270 dias desde Pedido de Informação Prévia até à Classificação definitiva)”

Quanto à melhor fiscalização, haverá uma “clarificação das entidades competentes, ficando a ASAE “responsável pela fiscalização da actividade e Câmaras pela fiscalização do processo de edificação do empreendimento.


fonte: presstur | publituris

terça-feira, 4 de março de 2008

Turismo: porque é que é importante?!

As receitas externas do turismo, sozinhas, permitem cobrir 43% do total do défice da balança comercial do país.

Vítor Neto



O Boletim Estatístico do Banco de Portugal de Fevereiro revela que as receitas (externas) geradas pelo Turismo em 2007 atingiram os 7377 milhões de euros. Trata-se de um valor considerável, o maior de sempre, um crescimento de 11% face a 2006. Em rigor, faltaria ainda acrescentar as receitas (externas) de transporte aéreo e até mesmo os investimentos externos na imobiliária turística.

Estes dados, como sempre, passaram quase completamente despercebidos. Mas que representam, de facto, no quadro da economia nacional? Que expressão são da real importância do turismo?

Estes 7377 milhões de euros de receitas (correspondentes a exportações) geradas pelo turismo representam 45,5% do total das exportações de serviços do país (16202 milhões), 20% das exportações de bens (37500 milhões) e a 13,7% das exportações totais (bens e serviços). Correspondem a 6 vezes as exportações da Autoeuropa, a 4 vezes as da Petrogal (1ºexportador) e ao total dos dez maiores exportadores portugueses. Correspondem também ao triplo das remessas dos emigrantes. E mais: as receitas externas do turismo, sozinhas, permitem cobrir 43% do total do défice da balança comercial do país (17236 milhões euros).

É um facto que as exportações de turismo e outros serviços estão a crescer a taxas superiores às exportações de bens (mercadorias) e assumem um papel crescente e insubstituível para a balança de pagamentos e a economia do país.

Importa por isso combater duas atitudes frequentes. Por um lado, a superficialidade que deriva do desconhecimento e até de algum moralismo “snobe”, que despreza, ignora ou subestima completamente a importância da economia do turismo para o futuro do país. Por outro o imediatismo voraz de alguns sectores que “descobriram”, agora, o turismo e vêem nele sobretudo um sector capaz de multiplicar “mais-valias”, às vezes ainda no “papel”, desprezando os riscos de uma gestão irresponsável de recursos não renováveis, o que pode pôr em causa o futuro do próprio turismo. Importa pois afirmar e demonstrar com factos que o turismo já é, hoje, uma das mais importantes actividades económicas do nosso país. O turismo envolve milhares de empresas e dezenas de milhares de trabalhadores. É a principal actividade em várias regiões (Algarve, Madeira), tem um papel importante em Lisboa/ValeTejo e a possibilidade de o vir a ser noutras no sul, centro, norte e Açores, afirmando-se nalguns casos como a “única” actividade possível, capaz de gerar riqueza, emprego, desenvolvimento económico. Na principal região turística (Algarve) o crescimento do PIB regional (2,7%), em 2005, foi o triplo da média nacional (INE, 25Jan08). Sublinhe-se ainda a importância económica do turismo interno que movimenta vários milhões de portugueses por todo o país e é um factor de sustentabilidade e de redistribuição de riqueza pelas várias regiões. É evidente que estamos a falar de “turismos” diferentes para cada uma das regiões, porque diferentes são os recursos e a envolvente física e cultural, que não se compadecem com ilusórias imitações de “algarves” impossíveis, até nos erros. Daí a importâncias de estratégias regionais. Estamos a falar de uma visão de “desenvolvimento sustentável”, a única que pode garantir o futuro do turismo. Só por este caminho o turismo poderá sobreviver e continuar a ser importante para a economia do país.



Fonte: diarioeconomico.com